terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O quintal da Vó Cilinha

Lendo o blog lindo da Ana (Anita), minha primeira vontade foi de dizer como eram lindos seus textos e prontamente o fiz! Foi assim que nos "conhecemos", pelo menos virtualmente. Situação facilmente reversível com uma boa cerveja na Lapa qualquer dia desses, heeein?!?! 

A segunda vontade foi voltar a escrever nesse blog, seja falando dos "pensamentos que insistem em surgir" e não deixar dormir, seja contando minhas histórias ou a dos outros. E não é que me foi oferecida uma história!?! Pois bem, essa é a uma das histórias de infância da Anita, sua avó e uma amiguinha.

Vó Cilinha era conhecida por todos por sua braveza. Era ela falar e todos obedeciam! Ou quase todos... 

Ela  adquiriu sua linda casa no Parque das Andorinhas, era uma daquelas casas no interior, onde não existem portões ou muros, na frente havia um caminho que dava na garagem e um outro caminho de pedra para as pessoas chegarem até a porta. Logo, logo transformou o enorme quintal em gramado e jardim, que cuidava com muita presteza.

Um belo dia, sua neta Anita estava brincando com Vivi, naquela jardim tão cheio de cores, cheiros e por que não, sabores?! Confesso, já comi muitas rosas da minha avó! Eram tão bonitas, achei por bem experimentar! As duas não comeram, mas se encantaram pelas mini-rosas e começaram a arrancar. Quando Vó Cilinha viu aquilo tratou de soltar aquele grito: 

- Ahhhh, sáminina, não arranca assim, rosa é bonita no pé!!!


Normalmente, seria o suficiente para que nada mais acontecesse com suas rosinhas de estimação. Mas estamos falando de crianças, temos aqui dois agravantes: "aquilo que é proibido, é interessante..." e o fato de que crianças entendem o literal! Cuidado com o que dizem a elas!!!

Pois bem, Vó Cilinha acreditou que suas rosas estivessem salvas. O silêncio dominou o ambiente! Uma dica da minha mãe: "se criança não tá fazendo barulho, corre pra ver, porque certamente está aprontando algo! Criança quieta não presta!". Vó Cilinha não sabia o que a aguardava!!! 

Mais tarde, entram as duas na casa, andando pelos calcanhares e, entre cada dedinho, lindas mini-rosas! Anita, com um largo sorriso na face, virou para sua avó e disse:

- E agora, Vó?? Ficou bonito?!?

Afinal... elas estavam no pé... ou nos pés!!!


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